quarta-feira, 6 de março de 2013

Esporte Mata!! Hesitei em ir para a academia... Mas fui

ESPORTE MATA Médico, mas não um médico qualquer, o doutor José Róiz é um cientista extraordinário que não passa nem sequer um dia sem estudar, com seus 80 anos de idade, morando em Belo Horizonte e escrevendo em esperanto para uma revista editada na Polônia. Dele tomei conhecimento lendo-o na magnífica Revista Brasileira de Medicina dirigida por Silva Mello (1886-1973), da qual foi redator e colaborador assíduo. Ele topou colaborar em Caros Amigos. Sorte da revista. Sorte dos leitores. Eis seu magnífico e bem fundamentado artigo sobre a deseducação física. (Gilberto Felisberto Vasconcellos) As ginásticas suecas surgiram no início do século 19. Na década de 30, ainda adolescente, fixei, no quintal de minha casa, uma barra metálica entre dois mourões para fazer exercício físico, com a intenção de desenvolver os músculos do tórax e dos membros superiores. Naquela época, a medicina ainda estava engatinhando. Acreditava-se que apendicite era nó-nas-tripas e que indivíduo musculoso é mais sadio do que o que possui músculos normais. Associaram ginásticas suecas aos jogos olímpicos e criaram uma escola, a de Educação Física. Essa denominação é imprópria, porque não se pode educar o físico, mas tudo é possível em época de muito atraso. As escolas de educação física proliferaram em todo o país e tornou-se obrigatória em todos os colégios a freqüência às suas aulas. Mas os alunos não são submetidos a exames complementares para saber se estão em condições de fazer qualquer tipo de exercício físico. Alguns ortopedistas fizeram pesquisa sobre problemas de coluna entre adolescentes de Belo Horizonte e constataram anormalidade em 8 por cento de 40.000 examinados, sendo o fato mais grave a incidência de escoliose a partir dos 10 anos de idade! Jovem com problema de coluna vertebral jamais poderia fazer qualquer tipo de exercício físico. Deveria submeter-se somente aos que possam corrigir o defeito físico. Deve ter sido a associação da beleza dos jogos olímpicos com o desenvolvimento muscular que encantou os professores de educação física. De fato, esses jogos estão cada vez mais bonitos. Por outro lado, continua crescendo a suposição de ser benéfica a evolução de qualquer força muscular. Antes dos 25 anos de idade, isto é, antes do completo ama-durecimento, todas as partes de nosso corpo crescem e se desenvolvem ao mesmo tempo. Dar preferência ao desenvolvimento muscular nessa fase acarretará atraso no desenvolvimento de todos os outros órgãos. É claro que esse atraso não deve trazer sérios prejuízos, porém, o cérebro, por exemplo, possivelmente não deve ficar satisfeito de ser relegado a segundo plano, justamente pela parte menos importante do conjunto. Se o desenvolvimento muscular se der depois dos 25 anos, isto é, quando começa o envelhecimento, o prejuízo para todo o organismo é muito grande. Isso acontece porque, à medida que envelhecemos, aparecem as atrofias generalizadas, que têm por finalidade diminuir a sobrecarga do coração e permitir que ele continue nutrindo toda a parte restante com a mesma eficiência. O desenvolvimento muscular nessa fase determina atrofias mais acentuadas e envelhecimento precoce. Não deve agradar ao coração nem o pequeno desenvolvimento muscular ao nível da região inguinal para reduzir hérnia nesse local. O desenvolvimento muscular no exercício aeróbico, como na corrida, por exemplo, implica um estresse físico. Nas competições, a esse estresse se associa o estresse psíquico da expectativa do evento, o medo de ser derrotado e decepcionar os parentes e amigos. A maioria desses contendores é constituída de jovens e, por esse motivo, não aparece imediatamente o prejuízo causado pela prática do esporte. Mas esses estresses, repetindo-se com muita freqüência, como geralmente acontece, causam enorme transtorno no organismo da maioria porque nela predomina o glicocorticóide sobre a insulina. O glicocorticóide, como se sabe, é um dos hormônios do estresse. A humanidade se divide em duas categorias: longevo e não-longevo. Nos longevos deve predominar a insulina sobre o glicocorticóide, daí a facilidade que essas pessoas têm de enviar para os tecidos as diferentes substâncias orgânicas, o contrário do que acontece com a maioria, que é constituída de não-longevos. Nestes, a dificuldade de nutrir os próprios tecidos deve prejudicar a formação de anticorpos e diminuir a resistência a todas as doenças, inclusive ao câncer, é claro. Se naturalmente a maioria já tem dificuldade de nutrir todas as células de seu organismo, a prática de esporte só pode piorar essa situação e deixá-la em condições precárias. Não existe nada para contornar essa situação. A única solução seria abandonar o esporte e fazer longas caminhadas. Todos os esportes são nocivos. Em Pará de Minas , minha cidade natal, estão construindo quatro ginásios poliesportivos. Que mal fizeram a Deus os jovens de minha terra para merecer esse castigo? A intenção de levar os jovens a praticar esporte para afastá-los das drogas é o mesmo que prestar culto ao diabo para não ir para o inferno. Os privilegiados professores de educação física não sabem nada disso. Pelo contrário, para eles, esporte é vida e saúde. Aqui no Brasil há Secretaria de Esporte em cada Estado e até Ministério do Esporte. Tenho um livro intitulado Esporte Mata! A Secretaria de Esporte procurou o distribuidor de meu livro e lhe disse que ele estava proibido de circular. Nas livrarias onde estava exposto à venda, o livreiro foi obrigado a recolhê-lo. Recomendei ao editor fornecer gratuitamente o livro a quem estivesse interessado em sua leitura, mas a Secretaria de Esporte o impediu de fazê-lo, só que dessa vez não logrou êxito, pois o livro foi doado a algumas pessoas. O professor de educação física pôs na cabeça dos jovens que o mais importante é competir. Assim, ele os mantém nessa roda-viva de gostar do que faz mal, com a intenção de não faltar à próxima olimpíada, conduzido por avião, hospedando-se em hotel cinco estrelas, levando, às vezes, um único atleta para competir e até se esquecendo de que aqui ficaram milhões de brasileiros passando fome. Se o atleta sair vitorioso, será tocado nosso hino nacional em homenagem ao aluno aplicado e ao professor também, por que não? E, então, todos os brasileiros ficam sensibilizados. Inclusive os que estão com a barriga vazia? Tenho minhas dúvidas. Fico muito angustiado quando vejo jovens jogadores de vôlei usando joelheira inútil, com a intenção de se proteger contra o impacto de todo o peso do corpo sobre o joelho, quando ele faz a impulsão para cortar e arremessar com muita força a bola ao chão, impedindo que o adversário a defenda. Alguns clubes já estão forrando a quadra de vôlei com tapete de borracha, que só poderia oferecer alguma proteção se tivesse, no mínimo, 25 centímetros de espessura, mas, se ele tivesse realmente essa espessura, o jogador não poderia fazer nenhuma impulsão. Esse tapete é mais uma tapeação. Assim, todos continuam cada vez mais enganados, acreditando que o mais importante é competir. De vez em quando um se destaca, como o da “jornada nas estrelas”. Mas é só. Nem poderia ser de outra maneira, pois o número de competidores é muito grande e o de vitoriosos, muito pequeno. José Róiz

segunda-feira, 16 de julho de 2012

O que sobrou do carnaval...

Sim, ainda há aqui, um pouco do que sobrou do carnaval. Cores desbotadas, latas amassadas, restos de fantasia do mundo ideal. O real? Bate à porta trazendo um gosto amargo na boca E uma vaga lembrança, bem fraca, pouca, do que aconteceu no carnaval... Se é que aconteceu! Será que acordei? Mas já amanheceu? Hoje é quarta ou é quinta? Há cinzas pelo chão... Um pé de sandália de salto perdido, solto, pendurado no corrimão... Mãos comemoravam, e se alisavam. Se seguravam, se amavam, mentiam... era Carnaval. E agora José? E agora Maria? Que tal? Arlequim e Colombina, o sonho derreteu, teve final. Pierrot, coberto de confete e serpentina, adormecido na varanda, com os pés no quintal. Curioso... como aquela máscara foi parar no varal? Ouço ou vejo ao longe uma pintura musical ou seria uma música visual? Noir em tons Pastéis, cheirando a madrigal... Eu soltei das mãos da foliã e ela me trocou por outro palhaço Dei-lhe um abraço, e olha que não sou desses que desiste assim tão fácil... Ao contrário, “nunca desista”, este é o meu lema. Mas estava mesmo apaixonado pela trapezista de olhos claros, de sardas... morena. Desvendei um teorema, recitei longas poesias com um só fonema... Retirei versos e estrofes para fazer um poema para a tal morena, E de pensar que o carnaval é em sua origem uma festa Grega, Me sinto fantasiado de Aristóteles andando pelas ruas de Athenas... Apenas o valor do brinquedo, distinge adultos de crianças Quem sabe então a morena do Carnaval, não seja minha última esperança?

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Mencken e o Ser Humano. Esse é pesado hin!

O Homem é o Animal Menos Preparado. A capacidade do homem para o pensamento abstrato, que parece faltar à maioria dos outros mamíferos, conferiu-lhe sem dúvida o seu atual domínio sobre a superfície da Terra – um domínio disputado apenas por centenas de milhares de tipos de insectos e organismos microscópicos. Este pensamento abstrato é o responsável pela sua sensação de superioridade e pelo que, sob esta sensação, corresponde a uma certa medida de realidade, pelo menos dentro de estreitos limites. Mas o que é frequentemente subestimado é o fato de que a capacidade de desempenhar um ato não é, de forma alguma, sinônima de seu exercício salubre. É fácil observar que a maior parte do pensamento do homem é estúpida, sem sentido e injuriosa para ele. Na realidade, de todos os animais, ele parece o menos preparado para tirar conclusões apropriadas nas questões que afectam mais desesperadamente o seu bem-estar.

Tente imaginar um rato, no universo das ideias dos ratos, chegando a noções tão ocas de plausibilidade como, por exemplo, o Swedenborgianismo, a homeopatia ou a telepatia mental. O instinto natural do homem, de facto, nunca se dirige para o que é sólido e verdadeiro; prefere tudo que é especioso e falso. Se uma grande nação moderna se confrontar com dois problemas antagónicos – um deles baseado em argumentos prováveis e racionais, o outro disparando em direcção ao erro mais óbvio - ela, quase invariavelmente, adoptará este último. Isto aplica-se à política, que consiste inteiramente numa sucessão de asneiras, muitas das quais tão idiotas que existem apenas como palavras de ordem ou demagogia, não podendo ser reduzidas a qualquer declaração lógica.

Acontece o mesmo na religião, que, como a poesia, não passa de uma partitura orquestrada para negar as mais óbvias realidades. E é assim em quase todos os campos do pensamento. As ideias que mais rapidamente conquistam a raça, levantam os mais vibrantes entusiasmos e são defendidas com a maior tenacidade, são justamente as mais insanas. Isto pode ser provado desde que o primeiro gorila “avançado” vestiu cuecas, franziu a testa e saiu por aí a dar conferências. E será assim até que os poderes superiores, finalmente cansados desta farsa, exterminem a raça com um gigantesco e definitivo cocktail de fogo e gases mortais.

Não surpreende que a imaginação do homem seja a culpada por esta singular fraqueza. Tal imaginação, eu diria, foi o que lhe permitiu dar o primeiro salto sobre os seus colegas primatas. Permitiu-lhe visualizar uma condição de existência melhor do que a que ele vinha a experimentar e, pouco a pouco, tornou-o capaz de retocar o quadro com uma certa realidade crua. E até hoje ele continua da mesma forma. Quer dizer, ele pensa em qualquer coisa que gostaria de ser ou ter, algo bem melhor do que outro já é ou já tem, e, então, por um processo custoso e difícil de erros e acertos, gradualmente chega ao que quer. Durante o processo, muitas vezes é severamente punido pelo seu descontentamento com as sagradas ordens de Deus. Rói as unhas, coça o queixo, tropeça e cai – e, finalmente, o prémio que ele tanto buscava derrete nas suas mãos. Mas, aos poucos, ele segue em frente ou, na pior das hipóteses, passa o bastão aos seus herdeiros ou sucessores. Pouco a pouco, ele asfalta o caminho para a sua perna restante e conquista belos brinquedos para a mão que lhe resta, com os quais brinca, e permite ao seu olho ou ouvido sobrevivente desfrutar aquela delícia.

Infelizmente, nunca se contenta com este processo lento e sanguinário. Está sempre em busca de algo cada vez mais distante. Vive a imaginar coisas além do arco-íris. Este corpo de imagens constitui o seu stock de doces credulidades, fé e confiança – em suma, o seu fardo de erros. E este fardo de erros é o que distingue o homem, mesmo acima da sua capacidade de chorar, do seu talento para mentir, da sua excessiva hipocrisia e bazófia, relativamente a todas as outras ordens de mamíferos. O homem é o pirata par excellence, um ingénuo incomparável, o bobo da corte cósmica. Ele é crónica e inevitavelmente enganado, não apenas pelos outros animais e pelas artimanhas da natureza, mas também (e mais particularmente) por si mesmo – pelo seu incomparável talento para pesquisar e adoptar o que é falso, e por negar ou desmentir o que é verdadeiro.

A capacidade para discernir a verdade essencial, de facto, é tão rara nos homens quanto comum entre os corvos, sapos ou sardinhas. O homem capaz desse discernimento é de uma qualidade mais do que extraordinária – mesmo, talvez, que seja profundamente mórbido. Demonstre uma nova verdade lastreada de qualquer plausibilidade natural para uma multidão, e nem uma pessoa em 10 mil suspeitará da sua existência, e nem uma pessoa em 100 mil irá adoptá-la sem feroz resistência. Todas as verdades duradouras que se impuseram ao mundo no decorrer da História foram mais combatidas do que a varíola, e todo o indivíduo que as recebeu bem e lutou por elas foi, absolutamente sem excepção, denunciado e punido como um inimigo da espécie. Talvez o “absolutamente sem excepção” seja um exagero. Eu o substituiria por “cinco ou seis excepções”. Mas quem seriam essas cinco ou seis excepções? Deixo a resposta a cargo de vocês; eu próprio não conheço nenhuma. Mas, se a verdade é sempre mal recebida, o erro é recebido de braços abertos.

Qualquer homem que invente uma nova imbecilidade recebe salvas de palmas e torna-se o dono da verdade; para as grandes massas, ele é o bom ideal da humanidade. Dê um giro pelos últimos mil anos da História e descobrirá que 90% dos ídolos populares do mundo – não me refiro aos heróis de pequenas seitas, mas a ídolos mundialmente populares – não passaram de casos baratos de nonsense. Tem sido assim em política, religião e em qualquer outro departamento do pensamento humano. Mesmo tais casos já enfrentaram alguma oposição, uma vez ou outra, de críticos que os denunciaram como charlatães e os refutaram assim que abriam a boca. Mas, ao lado de cada um deles, havia a titânica força da credulidade humana, e isto bastava para destruir os seus inimigos e estabelecer a sua imortalidade.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bob Marley... Religiao... Stevie Wonder

Nome completo: Robert Nesta Marley
Nascimento: 6 de Fevereiro de 1945
Nine Mile, Saint Ann Jamaica
Data de morte: 11 de maio de 1981 (36 anos)
Miami, Flórida Estados Unidos
Bob Marley, o primeiro grande astro do terceiro mundo! Marley eh religiao! Assim como eh Coltrane, Jackson, Beatles, etc...
Soh. Que mais do que um artista, Marley era um ativista! Saca o CV do cara:
• 1976 - Banda do Ano (Rolling Stone)
• Junho de 1978 - Premiado com a "Medalha de Paz do Terceiro Mundo" pelas Nações Unidas
• Fevereiro de 1981 - Premiado com a mais alta condecoração jamaicana, a "Ordem ao Mérito"
• 1999 - Álbum do Século (Revista Time) por Exodus
• Fevereiro de 2001 - Uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood
• Fevereiro de 2001 - Premiado com um Grammy pelo "Conjunto da Obra"
• 2004: Rolling Stone Magazine classificou-o # 11 em sua lista dos "100 Maiores Artistas de Todos os Tempos"[4]
• "One Love" chamada canção do milênio pela BBC
• Votado como um dos maiores letristas de todos os tempos por uma sondagem da BBC

Mister Marley ganhou ainda uma homenagem e esta eu considero a maior de todas, que foi uma canção de Stevie Wonder chamada Master Blaster...
Há muito o que falar sobre ele, mas o tempo urge neste momento nao poderei faze lo.
Fica para as proximas vezes.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Viver, é escrever a própria biografia...

Me diz afinal o que é viver senão escrever sua própria biografia?
Não há o que, nem de quem, nem porque esconder, basta viver o seu dia a dia
As suas manias, os seus sentimentos, as suas loucuras e discernimento
Suas tretas mais cabulosas, neuroses nervosas que afligem os seus pensamentos
Observo o meu tempo, eu não me arrependo, estou sempre atento às minhas escolhas
Aqueles tormentos, conflitos que invento, eu sopro no vento...feito bolhas
Eu rimo na encolha, na tela ou na folha, me exponho eu sonho com a revolução
Revolucionário é solitário, são necessários tristeza e solidão
indignação, loucura/paixão...postura/paixão,...viver na pressão
a busca pela informação requer disciplina e muita concentração... mas eu não!
Sigo vivendo, tentando entender, sei lá decifrando sinais
Me surpreendendo, me subvertendo face ao que o ser humano é capaz
Você faz, você paga! Será que esta lógica pseudo-sagrada, de fato funciona?
Divinizar o intangível, é a válvula de escape que nossa mente aciona!
Viver não é fácil, sombras do que faço, não siga os meus passos (eu não te aconselho);
Espelho sem aço, o meu desespero é não ter em quem me espelhar... Sou meu próprio modelo
confesso também tenho medo, resisto à mudanças, não sou infalível
sou péssimo em frases em frases de efeito. Alma de criança tenho ... é perceptível
assim como eu, se perdeu, sucumbiu, caiu, buscando sua iluminação?
O sonho prescreveu, morreu, rui, implodiu, faliu, se esvaiu feito água nas mãos...
Então também tenho esta percepção de que constantemente estou na contra-mão
no cinema prefiro bandido,.. quadrinhos me identifico com o vilão...
Contra-cultura, anti-herói... com loucura também se constrói
não sei se viajei, mas um dia sonhei com uma noite estrelada com dois sóis...
.............................................................................
já me peguei contando estrelas, e tive medo de perder-las, venha vê-las...
antes que o céu se acinzente e infelizmente as nuvens possam vencê-las
estrelas reluzentes são como a gente...
independentemente do tempo brilham pra sempre
pense no que te inspira.. algo simples como o ar que respira
a mina que tu pira, tudo que transpira...conhecimento não é ilha, portanto transfira
não fira os seus ideais,... seja fiel àquilo que faz...
na busca pela paz
há guerra demais
por motivos quase banais
nossos direitos fundamentais são deixados para traz e quer saber mais?
Trago ao conhecimento de vocês elementos do meu universo, sou réu confesso
Tenho de fato devaneios, pensamentos complexos, muitos processos
Pendentes na mente, no inconsciente ferida aberta abscesso
Solto palavras sem nexo, rimas que talvez não valham o ingresso, ou seu inverso!
Quem sabe não encontre conforto, um porto aqui no meus versos
Aviso : sou controverso, muito disperso, disléxico...comum
Como você: finjo não querer sucesso... me escondo atrás deste xaveco
Mas que no desbaratino não meço esforço para deixar de ser mais um
Desculpe se te atormento com este meu embaralhamento de idéias
Mas talvez seja de fato o momento de falar sobre coisas mais sérias
Seu cérebro constantemente de férias
não enxerga valor nas coisas mais simples
Eu vejo arte no estêncil, nos movimentos,
nas cores do graffite a beleza que existe
A luta persiste, viva aquele que nunca desiste!
Vejo beleza na fotografia da mina rebelde com o dedo em riste
Liste, enumere, viste...
tudo aquilo que te deixa triste,
que por ventura te deprime
Risque, elimine
Pois o amor insiste, basta ouvir Ella cantando Misty

Um pouco de Gaiarsa para vocês... Educação, amor, casamento e opressão.

VOCÊ É VOCÊ OU VOCÊ É O OUTRO?

J.A. GAIARSA

A educação, tanto familiar quanto escolar e social, é feita nominalmente "a favor de todos", mas efetivamente atua contra você - contra cada um.



Ao obedecer a preconceitos, você não é você, mas sem eles você jamais seria você!
Para começar a elucidar a charada, uma dica: "Quem não se perde não se acha" Parece ser necessário primeiro perder-se nos costumes e loucuras sociais, despersonalizando-se, para depois começar a perceber que nada do aprendido era comigo.
Cuide e aprenda a se livrar de todo o lixo que foi posto na sua cabeça durante a chamada educação para, ao mesmo tempo, ir aprendendo a perceber como você é as coisas são.
Todas as técnicas de cura, de transformação ou desenvolvimento da personalidade - acadêmicas ou alternativas, ocidentais ou orientais - não pretendem outros efeitos que não este:"provar" para você que sua educação só o prejudicou - o amarrou.
A educação, tanto familiar quanto escolar e social, é feita nominalmente "a favor de todos", mas efetivamente atua contra você - contra cada um. É evidente que ninguém pode fazer "tudo o que lhe vem cabeça". Mas poderíamos fazer muito mais do que nos apraz sem
prejudicar ninguém, principalmente porque a repressão alcança, além do sexo e da agressão, tudo o que é "infantil" isto é, toda alegria espontânea, a curiosidade e o entusiasmo, a disposição para brincar; cantar; dançar - amar.
O homem socializado e "normal" é sério e respeitável - sempre sério e respeitável.
Um chato!
O amor é o mais perigoso, o mais revolucionário e, portanto, o mais proibido dos sentimentos; é preciso negá-lo até onde possível e, para o que resta dele, será preciso fazer uma prisão de segurança máxima: O CASAMENTO.
Assim, em vez de criar crianças brincando e aprendendo com elas, nós transformamos a educação em um dever pesado demais, muito caro e incrivelmente ineficiente!
Mais uma poderosa razão falsa existe para falar em "conter a fera que existe em nós" - a fim de justificar a extrema repressão da desobediência e da rebeldia dos "inferiores" (filhos-povo) contra os 'superiores" (país-governo) e legitimar a opressão e o abuso de poder dos superiores contra os inferiores.

terça-feira, 26 de abril de 2011

DDA, Esquisitice, musicalidade...

Hoje, percebi o quão musical eu sou! Na verdade estou mentindo (nossa que antinomia!!! ) Em que acreditar afinal? Na verdade que admite a mentira (?) ou no contrário? Na mentira que tentou fazer-se verdade? Mas quero dizer na realidade, que me espantei de como meço a vida através das medidas musicais. E nem estou sendo técnico não! Não falo da matemática que há implícita na música e em quase tudo. Vou dar exemplos e sei que muitos de vocês vão dizer: porra esse cara é louco! Esquisito! DDA eu sou. Já sei disso. Beleza. Esquisito também vai! Admito. Mas essa parada da música da qual me dei conta, me deixou bolado (como diriam meus amigos cariocas).
Estava a ouvir meu Jamiroquai enquanto pedalava (pois é, neste comentário, reside uma esquisitice, pois todo mundo ouve puts, puts, ou rock ou sei lá o que, para exercitar-se, e eu ouvia Everyday do Jamiro); e percebi que a medida de tempo em que eu utilizava era dos compassos da música. Não só pedalava no ritmo dela, mas, sobretudo, programava as alterações de acordo com a fase da música. Tipo: pô, a carga está fraca, quando chegar o solo do baixo eu aumento. Aí ia lá e aumentava a porra da carga... Pedalava na carga pesada e mesmo morrendo não mexia enquanto não acabasse o bendito solo do baixo (Não sei se era o Nick Fife ou era o Stuart Zender? Este último saiu. Como esta canção é do terceiro disco intitulado Travelling Without Moving, e pela levada acho que é o Zender, depois confirmo)... então só após o solo, como eu dizia, voltava para a pedalada mais leve. Quanto tempo depois? Sei lá eu! Aí fui correr e estava ouvindo Colin Munroe (Cannon Ball, One More Chance, etc); e percebi que respeitava a mesma dinâmica. Na volta para casa descansava na Conya Doss e corria no Corneille. Pior foi perceber que, no banho, a lógica (se é que há alguma nisso) não mudava. Ignorava o relógio. Pensava: depois do solo de piano do Jamie Cullum eu escovo os dentes! Na terceira parte da música, depois da rima do Kero One eu lavo os cabelos (rara pegadinha do Malandro!); enfim... Mas era bem assim. Pilotando minha motocicleta (até parece); eu viajava igualmente. Ficava calculando quantas músicas eu conseguiria ouvir até chegar no trabalho! Fiz uma playlist para andar de moto! Que difere da playlist de correr, de ler, e o escambau! Agora mesmo, estou apostando que posto este texto antes de terminar o a música I Want You, do Marvin Gay, e já perdi, pois ela está para repetir e já tocou ao menos 03 vezes.

terça-feira, 22 de março de 2011

Briefing... Resumo. Sinopse. Resenha. Canções Camorra 2011

Tenho muita coisa para publicar... Hoje fico com um textinho bobo...
Mas, à partir de amanhã postarei diariamente... Amigos, colegas de hospício, me ajudem!

Trago aqui um briefing de cada música de nosso novo disco.
Estão com um nome provisório, mas é uma resenha que mais se parece com uma sinopse de filme.

Faça a Coisa Certa
Esta música se propõe narrar a história de um cara que fez de tudo para ficar com uma mulher. Arrumou briga, perdeu amizade, comprou presente caro para a bandida, enfim, cometeu loucuras.
Ela? Ela parece estar indiferente à isso tudo.
E esta música é a denúncia de sua fratura exposta da honra...rs Participação de Fernando Ébano, direto de Los Angeles.

A Isca Perfeita
Quantas pessoas não vivem de aparência?
Sustentam um certo ar de arrogância e prestígio mas não na verdade não vivem aquilo que aparentam?
Pois é. Esta música fala sobre um casal que se conhece numa festa e ambos apostam um no outro, a possibilidade de tirarem o pé da lama. Afinal o cara é um bom vivant, veste terno Hugo Boss, sapatos Louis Vuitton, relógio Patteck Phellipe, bom perfume.
Ela? Ela veste um vestido Givenchy, sapatos Prada, perfume Channel...
Mas é também uma dura, golpista, que está atrás de um bom partido para bancar sua vida de bonequinha de luxo (título de um bom filme viu?).
Eis que eles se encontram na festa e se apaixonam mas algo não sai da cabeça deles: será que ele (a) vai ficar comigo depois que a festa acabar??
Participações de Andrea Rodegueiro e Jairo.

Perto Demais
Esta música quer desmistificar os relacionamentos.
A ideia é dizer que ninguém é de ninguém. Há conceitos opostos como: quando te soltei você me quis...
Que exemplifica bem o que as pessoas devem buscar numa relação... E o que é? O outro, nada mais! Estar na presença do outro! Este é o compromisso. Se não estamos um na presença do outro, não há porque ficar se privando de qualquer outra coisa. Esta música fala sobre o amor livre. Liberdade nos relacionamentos.
Lembra que o conceito de lealdade é tão ou mais importante que a fidelidade.
Participação de Pedro Mariano (a gente num tá fraco não)

Embalos de Sábado à Noite
Uma grande festa. O dia certo. Com as pessoas certas. No lugar certo.
A música narra uma experiência incrível através de uma trilha sonora dançante.
Um Hit para as pistas, com participação especialíssima de Leandro Lehart (Double L)

Eu sei o que vocês fizeram no verão passado.
Final de tarde num dia de verão.
Todas as cores do verão! Todas as mulheres do verão. Suas roupas curtas, as crianças sem camisa, descalças...
Esta música é um convite a resgatar a simplicidade e toda beleza que há em
Colocar as cadeiras para fora, ligar o som, reunir os amigos e ficar por ali,
Jogando conversa fora. Num final de tarde de um dia quente.

Mulher Solteira Procura
Uma mina muito louca que chega no baile gritando, chamando a atenção de todo mundo seja pela roupa curta, seja pelo estado de embriaguez,
Seja pela beleza. Ela é na verdade uma loucona assumida. (Po eu conheço algumas assim) Tatuagem no pescoço, numa mão a bolsa repleta de “balas, doces, etc.
Na outra, um copo de vodka que nunca fica vazio. Mas já são 04:30 da manhã!
Ela fez de tudo já na festa e àquela hora só quer dançar.
Por isso ela pede ao Dj para tocar sua música preferida...
Outro Hit para pista, com participação de Janaína Lima do Kaleidoscópio

A Hora do Show
É um retrato melancólico e bucólico da vida relativizado com uma linguagem que remete ao cinema. A experiência humana!
Se esta música pudesse ser retratada numa pintura bucólica, a cor predominante desta pintura seria o cinza.
Não é uma derrota! É o triste. É o vazio! É a busca por preencher este vazio que muitas vezes nos torna ainda mais vazios... Diretamente do ìdolos, Hellen Lyu.

A Soma de Todos os Medos
Um “mea Culpa”! Um camarada assume suas falhas e de certo modo
aceita a punição que lhe foi imposta seja pelo tempo, ou por ela, pela vida enfim... de que
ele não mais a terá. E ele, de alguma maneira, pede isso:
“se eu ligar não atenda, se eu precisar não me entenda, quem sabe assim eu aprenda
A te este esquecer”... (o Simoninha Participa desta, Marcelão meu cinhado se amarrou nessa)

Os Intocáveis
Esta música é talvez a música mais “rap” do disco.
A mais tradicional. Isso implica numa responsabilidade grande que é fazer dela, algo
Tão grande quanto as outras que têm participações, etc.
É o Camorra de volta e mostrando a que veio! Seu título cinematográfico:
faz alusão ao filme clássico de máfia. Bom é isso mesmo!

Quem somos nós?
Há muitas coisas que percebo que não sou, mas dizer exatamente o que sou não consigo.
Dia a dia tentamos reforçar ou criar nas pessoas que não nos conhecem uma imagem daquilo que achamos o que somos.
Viver é escrever sua própria biografia. Vitórias, derrotas, sucessos e fracassos.
Surpresas e decepções. Alegrias e tristezas. Quem somos nós? Quem é você?
Participação de meu amigo/irmão, Felipe Cambero (o gênio Indomável rsrsrsrs)

Corrida Contra o Tempo
Esta música fala sobre uma situação limite. Como diria o Gonzaguinha: “só sinto no ar um momento Em que o copo está cheio e que já não dá mais pra engolir” !!
Por mais piegas e clichê que possa parecer, há um momento em que precisamos nos despir das vestes que tomaram a forma do nosso corpo.
Abandonar as velhas formas, antigas fórmulas. Dizer o que se tem vontade. Se rebelar. Abrir a algemas psicológicas e prisões mentais que nos trancafiaram por muito tempo. Aliás, o tempo, é o grande tema desta música. O que fazemos com nosso tempo? Recito um trecho de uma música do Caetano no início " tempo"...
Participação do melhor, do genial Rafael Mateus (to doido para mudar esse nome artístico dele)...

Tempos Modernos
Esta música não defende ninguém, ideia, movimento ou levanta bandeiras.
Ela só pretende discorrer com bom homor e inteligência sobre um fenômeno
de nossa sociedade moderna que são as relações de pessoas do mesmo sexo.
É a maneira como lidamos com esta questão... com naturalidade!
O fato de não sermos gays, empresta ainda mais "credibilidade" ao falar do assunto pois não nos coloca numa situação de defesa, etc... Por outro lado nos tira a legitimidade por abordarmos um ponto de vista que não conhecemos.
Seja como for, a ideia é fazer com que as pessoas reflitam sobre o amor... e não sobre quem é homem quem é mulher... Participação de Luana Jones que saiu do palco do Show do Tony Garrido (grande amigo) para correr no estúdio e dar uma palhinha...

O Apanhador de Sonhos
Um dia para sonhar. Para enxergar beleza naquilo que não vemos no dia a dia.
É enxergar beleza no ballet de uma sacola ao vento (lembra do Beleza Americana?)
no correr de uma criança, nas cores dos muros, na arquitetura antiga dos prédios.
Um dia para pensar nas coisas que não se tem tempo para pensar. Fugir da rotina.
Abandonar o vicio e o pragmatismo com o qual executamos as tarefas
simples, mas que têm muita beleza e significado.
É re-significar as coisas. Sonhar de olhos abertos. Imaginação. Imagem + Ação.
Part. dele novamente, nosso Discípulo de Ip Man: Rafael Mateus.

A Procura da Felicidade
É a visão do otimista, do entusiasmado!
No Final Tudo Acaba Bem... é seu refrão! Mas me remete à Fernando Sabino, que diz: "no final tudo acaba bem... se não acabou bem, é porque não chegou ao fim..." (acho que é assim)
Esta canção que tem um beat meio afrobeat (eita) fala sobre a luz no fim do túnel!
Felipe Cambero meio à la T.Pain, faz o refrão!

Amigos e Amantes
Esta canção, fala de uma grande salada de ideias, vontades e misturas.
Pessoas que se permitem. Que têm vida aberta. Livre. Homens e mulheres que assumem-se livres. Isso significa dizer que podem experimentar! Testar. A experiência que se tem através do outro é tão importante quanto a leitura de um livro.
Se for alguém de uma cultura ou etnia, diferente das suas, melhor ainda!
Seu refrão é interessante, e muito bem cantado por um cara que admiro muito quanto artista e uma cantora/violonista maravilhosa. Marco Vilane e Milena Castro, respectivamente.
Ambos foram pinçados e soltos, numa condição muito adversa daquilo que fazem (MPB) e o resultado é ótimo, justamente pela mistura de linguagem que é a marca de nosso álbum.
Eu fui na japinha e gostei.
Eu fui na morena e gostei...
Eu fui na pretinha e gostei..
Eu fui no loirinha e gostei...
Gostei de todas elas, fui, com todas elas...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Mudando o Lay out

Amanhã posto bastante coisa, agora foi só um convite para olhar o novo lay out do meu blog...
Enganei você.
Ah, me siga no twitter andersoncamorra

terça-feira, 25 de maio de 2010

Encontrado o acaso... difuso.

Ando buscando o acaso. Me percebi meio estranho por estes dias.
E acho que buscar o acaso é uma expressão que resume bem este sentimento.
Não quero acirrar discussões em torno disto que chamo de acaso, pois os espíritas acham que o acaso não existe e sob a luz da filosofia, o acaso, é a aleatoriedade associada à estruturas e processos. Para mim... acaso é exatamente o que estou vivendo! As coisas meio soltas, meio frouxas... desprendidas, desassociadas, enfim. Desconexas. Idéias difusas. Ando tão estranho que nas últimas semanas até dormi! Até quis uma vida normal!
Voltar para casa tem sido um exercício desgastante. E logo ali que era meu retiro.
Meu reino. O local onde recarregava as energias. Onde me protegia. Onde me cercava de coisas que se parecem (ou pareciam) comigo, meus livros, minha música, minha arte. Curiosamente, minha casa deixou de ser este local.
Espero reavê-lo seja lá onde for. Quem sabe tudo não seja uma questão de fase. Ciclos. Acho que estou encerrando um. Mas como será este novo que se inicia?
Rsrsrs... é em não saber a resposta desta pergunta, que reside o mistério e a força da vida. Não sei onde li certa vez, mas achei interessante e creio que sirva para ilustrar isso que estou dizendo que é o seguinte: "a vida é um livro que temos nas mãos, escrito numa língua que não conhecemos". Pô, é isso aí. daqui para frente, se continuar escrevendo vira uma masturbação mental.
Fui!