terça-feira, 10 de maio de 2011

Um pouco de Gaiarsa para vocês... Educação, amor, casamento e opressão.

VOCÊ É VOCÊ OU VOCÊ É O OUTRO?

J.A. GAIARSA

A educação, tanto familiar quanto escolar e social, é feita nominalmente "a favor de todos", mas efetivamente atua contra você - contra cada um.



Ao obedecer a preconceitos, você não é você, mas sem eles você jamais seria você!
Para começar a elucidar a charada, uma dica: "Quem não se perde não se acha" Parece ser necessário primeiro perder-se nos costumes e loucuras sociais, despersonalizando-se, para depois começar a perceber que nada do aprendido era comigo.
Cuide e aprenda a se livrar de todo o lixo que foi posto na sua cabeça durante a chamada educação para, ao mesmo tempo, ir aprendendo a perceber como você é as coisas são.
Todas as técnicas de cura, de transformação ou desenvolvimento da personalidade - acadêmicas ou alternativas, ocidentais ou orientais - não pretendem outros efeitos que não este:"provar" para você que sua educação só o prejudicou - o amarrou.
A educação, tanto familiar quanto escolar e social, é feita nominalmente "a favor de todos", mas efetivamente atua contra você - contra cada um. É evidente que ninguém pode fazer "tudo o que lhe vem cabeça". Mas poderíamos fazer muito mais do que nos apraz sem
prejudicar ninguém, principalmente porque a repressão alcança, além do sexo e da agressão, tudo o que é "infantil" isto é, toda alegria espontânea, a curiosidade e o entusiasmo, a disposição para brincar; cantar; dançar - amar.
O homem socializado e "normal" é sério e respeitável - sempre sério e respeitável.
Um chato!
O amor é o mais perigoso, o mais revolucionário e, portanto, o mais proibido dos sentimentos; é preciso negá-lo até onde possível e, para o que resta dele, será preciso fazer uma prisão de segurança máxima: O CASAMENTO.
Assim, em vez de criar crianças brincando e aprendendo com elas, nós transformamos a educação em um dever pesado demais, muito caro e incrivelmente ineficiente!
Mais uma poderosa razão falsa existe para falar em "conter a fera que existe em nós" - a fim de justificar a extrema repressão da desobediência e da rebeldia dos "inferiores" (filhos-povo) contra os 'superiores" (país-governo) e legitimar a opressão e o abuso de poder dos superiores contra os inferiores.

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