segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Coisas que Perdemos pelo Caminho..Let's Stay Together

Hoje, logo cedo peguei a estrada de motocicleta. Enquanto acelerava, olhava no retrovisor, freava, acelerava, enfim, coisas automáticas que nos fazem tão automáticos quanto os veículos, uma música me atravessou! Mas não sabia qual era.
Me veio como uma intuição! Primeiro só a melodia, depois a harmonia, mas a letra... Aletra não veio... Cheguei em casa e mergulhei na infindável pilha de CDs, Vinis, MP3 que tenho e não encontrei. Este som me acompanhou a viajem inteira em meu “player interno” e eu não sabia qual era. Costumo dizer que tenho um aparelho de som embutido na minha mente e, independentemente da música que toque no ambiente, meu player executa minha seleção. Minhas preferidas. Me sinto tal qual Bobby em seu estranho mundo! Rssrrsr
Mas desta vez, não identificava a música. E busquei. Garimpei. Varri, rastreei e nada! Busquei-o feito Sidarta à iluminação. Feito Descartes à verdade e a porra da música não vinha. Sim, vai dizer que este papo de ouvir a própria música, num radinho interno parece ser um certo nível de autismo... Esquizofrenia. Loucura enfim. Seja qual for o nome. Já fui diagnosticado e sou réu confesso DDA, penso ter algum transtorno obsessivo -compulsivo e/ou transtorno bipolar, e se algum psicólogo de plantão quiser arriscar um diagnóstico não me surpreenderá, até porque o que me prende à este texto é: que música era aquela que acompanhou à mim e à Zuleica (nome da minha moto estradeira)?
Desisti pelas tantas... Assisti um filme com Halle Berry e Benício Del Toro chamado: Coisas que Perdemos pelo Caminho, muito bom. Há um exagero nos esteriótipos mas muito bom. Del Toro impressionante! Berry arrebentou também, mas enquanto assistia ao filme, entre uma cena e outra, me vinha a porra da música...
Pois bem, vindo para o trabalho, ao passar por um carro, ouvi pela primeira vez a música “fora de mim”. Como diria Nelson Rodrigues: se deus existe, ele está nas coincidências! E ela lá estava inteira. Melodia, voz, harmonia... e aí cheguei a me punir feito um faquir por ter deixado escapar o nome e a identidade desta que é uma das maiores canções de todos os tempos da música contemporânea (gravação original de 1972); Let's Stay Together de Al Green. Nos anos 90 ela ganhou ar de Cult ao ser incluída na trilha sonora do filme Pulp Fiction, de Quentin Tarantino (precisamos de um capítulo só para ele).
É isso. Hoje fui dominado por esta inquietação...
Abraço.
Under...son

Nenhum comentário:

Postar um comentário