quinta-feira, 4 de junho de 2009

Buchannas... Mais uma letra (essa é velha)

Buchannas

Te conto histórias românticas, te falo de física quântica,
das paisagens que vi em minhas viagens transatlânticas
De passeios pela Av.Atlântica, desvendo segredos de Atlântida
te dou visões de mundo menos estreitas, mais panorâmicas

te confundo com minhas semânticas e filosofias tibetanas,
idéias sagradas e profanas regadas a Whisky Buchannas,
eu quero atitudes menos mecânicas, leio classificados na banca
Domingo melhor dia da semana, pastel de feira com caldo de cana

Piso em baganas, xingo bacanas, reflexo da minha mente glauberiana,
que é sempre simples, complexa e sofisticadamente provinciana
intenções rodriguianas, canonicamente satânicas
São resfriadas juntamente com nossos corpos na gelada cerâmica

À pedidos, entre gritos e gemidos me guardo de forma tântrica
Leve, lento, forte, rápido, mudo a dinâmica
respiração ofegante, ciclotímica, tímida e randômica
seus seios quentes, incandescentes são como lavas vulcânicas
refrão

Quantas coisas passam por nossas mentes coerentemente insanas
Palavras de carinho e respeito em meio a outras tantas tão sacanas
No luxo de uma suíte, ou na simplicidade de uma cabana
No capitalismo americano ou no socialismo da cubana Havana

Quero cama, que calor me abana, tecido egípcio, manias faraônicas,
meu senso de urgência tem sim velocidade supersônica
Alma tirana, confesso, tipicamente romana
Estou mais pra Nero que pra Tibério quero sim os louros da fama

quem diz que não quer... te engana, faz drama
o bom e velho truque do coiote por baixo da pele da lhama
Que vida essa sua: de dia puritana, à noite mundana
feche os olhos pra não ver, feche as portas, janelas, persianas

diga que me ama! Hei... como é mesmo que você se chama?
te recito da varanda lindas poesias de Mário Quintana
te dou grana, te levo à jantares em cantinas italianas
à praias na Tailândia, safáris nas savanas africanas,
refrão

Eu sei você é uma flor, por isso me especializei em botânica
faço promessas excêntricas, intangíveis e monogâmicas
Nossas vidas são uma inteligível e indecifrável trama
um tecido de belo fio macio mas que invariavelmente nos arranha

quero ir além do bairrismo e do niilismo da atmosfera paulistana
na minha mente te levo às antigas civilizações pré-colombianas
se queres ser minha dama, peço como quem clama, me acompanha!
nesta minha campanha, viagem psicológica, psicótica freudiana

interpretação moralista dos fatos, é o que difere adultos de crianças
minha palavra vale mais que contrato apesar de não inspirar confiança
case-se comigo no infinito, você é minha última esperança?
meu seguro fiança, mas elimine esta sua insegurança,

desconfiança descabida mais estéril que o deserto do Atacama
se errei já te justifiquei- expliquei quais foram as circunstâncias
você nunca se cansa, tá bom, me matriculo naquele curso de dança
vou ao shopping, ando distâncias,
e visto sunga em nossas incursões praianas

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