segunda-feira, 4 de maio de 2009

Déspota, Novelas, Literaturas e afins

Iniciar este texto dizendo que estava mexendo nos meus livros, limpado-os e decidi dividir alguns títulos com os amigos que visitam meu blog, é querer parecer despretensioso, sem ser. Pô, vamos combinar...rsrsr

Pouca coisa na internet é espontânea! Na tevê, nada é. No rádio menos ainda! Já falei disso aqui. Novela então! É simplesmente patética! Seja na Índia, no Marrocos, no Rio de Janeiro ou em São Paulo. É ridículo. Texto fraco. Atores vazios. Dramaturgia oca.

Mas querer falar de livros pode parecer uma atitude intelectualmente despótica. Meio tirano. Bom, sou um pouco não posso negar. E por mais que pareça pedante, vou trazer sim alguns títulos de livros e dizer porque podem ser interessantes para digamos assim, humanizar nossas consciências.

Começando por um Romance: O Egípcio. Aposto que uma página dele, valha por todos os frames de um capítulo de Caminho das Índias! Dia desses uma moça Oriental que trabalha comigo disse que curtia a novela pela viagem que fazia pela índia. Imagens lindas! Locações maravilhosas e tal. Pois eu afirmo sem medo de errar que ao ler de Mika Waltari, O Egípcio, qualquer pessoa poderá visitar o antigo Egito, conhecerá a cidade de Tebas irá para a ilha de Creta, visitará antigas e inexistentes cidades, sem precisar olhar para o sistema emburrecedor, limitador e cabresto cultural televisão! A Tevê para quem não sabe, mesmo desligada, continua emitindo pulsos dentro de casa... Não deve ser bom né? rsrs

Vamos ao H.L.Mencken. O Livro dos Insultos! Poucos escritores têm a capacidade de ser tão incisivo. Trata-se de um livro breve com seleção e tradução de Ruy Castro.

Mencken é dono de um estilo agressivo e de certo modo arrogante mas, maldosamente bem humorado. Possuo também o Diário de Mencken. Ele começou a escrevê-lo após completar 50 anos e senta o pau em todo mundo (quero dizer, critica tá?!)... tanto que assegurou que este livro fosse publicado 15 ou 25 anos após sua morte. Melhor do que ver Datena, João Gordo e Jô Soares na tevê e ler o Maynard (que acha que é o Mencken ou o Paulo Francis) seja qual o veículo ele escreva. Ô cara mala! Ah, olha que acho o Gordo (o João) até que bonzinho.

Aldous Huxley. Gosto de todos que li dele. Admirável Mundo Novo. As Portas da Percepção (esse é tão phoda que o Jim Morrison o leu e deu o nome de The Doors para a banda), O Gênio e a Deusa, Hermes e o Alfabeto, Os Demônios de Loudoun, Contraponto, etc... Matrix têm inúmeras citações de Admirável e Retorno ao Admirável Mundo Novo...

José Ângelo Gaiarsa. Uma espécie de meu terapeuta à distância! Ele nem sabe disso. Mas já me salvou de muitas... São seus livros: Tratado Geral Sobre a Fofoca. Família e Política. A Estátua e a Bailarina. Estes entre outros dele, somados aos Jung com seu livro revelador Sincronicidade, (desconsidero e deixo para outra ocasião discutirmos a associação que fizeram dele com o nazismo, sua obra é phodida para nossos tempos); Freud (que é do caralho até a página 9) e seu livro que é inteiro bom a, Interpretação dos Sonhos juntamente com os de Reich (Wilhelm) que escreveu a Função do Orgasmo, e a Revolução Sexual e segundo Gaiarsa foi o primeiro psicanalista a "olhar para o corpo", me ajudaram nos meus abismos psicológicos e aposto que é melhor que qualquer programa vespertino da Globo, Record, SPT e Bandeirantes juntos bem como ouvir a Penélope da MTV teorizar sobre sexo querendo ser natural. E tem muita merda também nos canais fechados viu? GNT, Multishow, e outras coisinhas aí!
Bom, tem tantos outros livros que vou falando por aqui com calma... este texto está grande demais!

Abraços.

Under...son.

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